Inteligência Artificial domina Web Summit. Edição deste ano marcada por enxame de jatos privados

Arranca esta segunda-feira, na capital portuguesa, a nova edição de uma das maiores cimeiras tecnológicas mundiais, a Web Summit.

Miguel Soares - Antena 1 /
O co-fundador da Web Summit Paddy Cosgrave e o "country manager" para Portugal e Brasil, Artur Pereira Foto: DR

É uma oportunidade para acompanhar as novas tendências, para fechar negócios e abrir os olhos ao que de melhor se faz no mundo, seja no domínio da robótica, por exemplo, ou, claro, da Inteligência Artificial.

A IA é, de resto, o prato forte desta edição, como sublinha à Antena 1 o country manager da Web Summit em Portugal e no Brasil, Artur Pereira: "É o principal tema deste ano. Nós, aliás, vamos ter oradores para nos falar de todas as coisas fantásticas que estão a acontecer, dos desafios, como é que nós podemos perceber um bocadinho mais de como é que a Inteligência Artificial vai afetar o nosso dia-a-dia, seja de trabalho, seja mesmo a nível pessoal nos próximos anos".
De olhos postos na China
A edição que agora começa traz novidades. Uma delas é o Fórum China.

"Uma delegação chinesa significativa do Ministério do Comércio, que junta também a agência do ciberespaço e várias empresas da China para trazerem a visão da inovação que está a acontecer nesta nesta parte do mundo", revela Artur Pereira.
Expansão da Web Summit

A organização espera atrair este ano, à semelhança de 2024, mais de 70 mil participantes, 1.500 start-ups, mais de 900 oradores e cerca de dois mil jornalistas.Os números continuam a impressionar, mas de alguma forma estagnaram face a edições anteriores.


A organização nunca viu cumprido o desejo de que o espaço para a cimeira fosse ampliado. Uma realidade que Artur Pereira desvaloriza: "Nós temos vindo a expandir o evento para outros países também. Acho que por este lado, nós conseguimos fazer crescer cada vez mais a nossa empresa e a nossa marca a nível mundial".
Foto: DR

Aliás, acrescenta, "Portugal também sai beneficiado. A expansão para o Rio de Janeiro criou logo uma plataforma enorme que facilitou e permitiu atrair cada vez mais a América Latina e o Brasil ao evento aqui em Portugal. Este ano temos um recorde no número de start-ups brasileiras a participar no evento, por exemplo. E o mesmo acontece com o nosso evento no Médio Oriente, em Doha, no Qatar, bem como em Vancouver, no Canadá".
Jatos pouco privados

Quanto ao alerta da própria WebSummit da falta de slots no aeroporto de Lisboa para acolher os jatos privados de alguns participantes, Artur Pereira desvaloriza: "Nós fomos informados que havia realmente algumas restrições em termos de slots para jatos privados, mas a maioria dos nossos participantes utiliza as linhas aéreas comerciais para para participar no evento, por isso não estamos preocupados".

Questionado perante o facto de ter sido a própria Web Summit a fazer o alerta público, Artur Pereira limita-se a acrescentar que "o que a Web Summit fez foi apenas recomendar as linhas aéreas comerciais".

Confrontado com a notícia do Financial Times de que vários participantes estão a aterrar em Espanha para conseguirem chegar à cimeira, Artur Pereira, diz apenas não ter "informações de que as pessoas" estejam a "aterrar em Badajoz ou em qualquer outro sítio". E remata que a expetativa é que as pessoas "venham, na sua grande maioria, através de linhas aéreas comerciais", como "acontece na maior parte dos casos", até porque "a sustentabilidade ambiental é sempre uma preocupação para a Web Summit".
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